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A alopecia androgenética é o distúrbio de queda de cabelo mais comum em todo o mundo, afetando até 80% dos homens caucasianos com mais de 70 anos. Embora a prevalência seja maior em idosos, os primeiros sinais costumam se desenvolver durante a puberdade.

Atualmente, existem poucos tratamentos aprovados no mercado para alopecia androgenética. Os únicos tratamentos aprovados pela FDA são finasterida, administrada por via oral (somente homens), e solução de minoxidil tópico a 2 ou a 5% (mulheres e homens).

Nos últimos anos, a cafeína demonstrou potencial como tratamento para alopecia androgenética em diversos estudos in vitro e in vivo. Por ser um inibidor da fosfodiesterase, a cafeína aumenta os níveis de adenosina monofosfato cíclico nas células e, consequentemente, promove a proliferação celular por meio da estimulação do metabolismo celular – um mecanismo que pode neutralizar a miniaturização induzida por testosterona / diidrotestosterona do folículo piloso.

Um estudo randomizado, aberto e multicêntrico publicado na Skin Pharmacology Physiology, comparou em 210 homens com alopecia androgenética os efeitos no crescimento capilar do uso de um líquido tópico à base de 0,2% de cafeína e uma solução de minoxidil a 5%, por 6 meses. O desfecho primário foi a mudança percentual na proporção de cabelos anágenos (fase de crescimento ativa dos folículos capilares) desde o início até 6 meses de tratamento, usando um tricograma frontal e occipital. Após os 6 meses, o grupo que usou a solução de minoxidil a 5% apresentou melhora média na relação anágena do tricograma de 11,68%, e o grupo da solução de cafeína a 0,2% apresentou melhora de 10,59%. Sendo assim, o uso tópico de cafeína não deve ser considerado inferior à uma solução de minoxidil a 5% no tratamento masculino de alopecia androgenética.

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Bibliografia consultada:

Dhurat R; et al. An Open-Label Randomized Multicenter Study Assessing the Noninferiority of a Caffeine-Based Topical Liquid 0.2% versus Minoxidil 5% Solution in Male Androgenetic Alopecia. Skin Pharmacology Physiology. 2018.