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Em relação aos cálculos renais o uso de zinco tem duas teorias conflitantes: 1) o zinco impede o crescimento dos cristais de oxalato de cálcio que constituem as pedras; 2) o zinco altera as superfícies dos cristais, o que estimula um maior crescimento. Pois um recente estudo publicado no Crystal Growth & Design afirma que ambas as teorias são corretas.

Embora os cristais de oxalato de cálcio sejam encontrados em todos os lugares, a forma mais abundante desses cristais são os monohidratos de oxalato de cálcio (COM), o tipo encontrado na doença de cálculo renal em humanos. Junto com o COM, os cálculos renais são compostos de vários depósitos duros de sais inorgânicos e compostos orgânicos (por exemplo, proteínas) que se cristalizam ou se aglutinam na urina concentrada. A passagem pelo trato urinário pode causar muita dor.

Neste estudo, Rimer e sua equipe usaram uma combinação de experimentos in vitro e modelagem computacional para decodificar os efeitos do zinco no crescimento do cristal COM. As técnicas utilizadas em laboratório para investigar esses sistemas permitem obter uma imagem melhor e desconstruir esses sistemas complexos como um meio de identificar novas maneiras de prevenir a formação de cálculos renais, permitindo entender, em um nível quase molecular, como várias espécies na urina podem regular o crescimento de cristais.

“O que vemos com o zinco é algo que nunca vimos antes. Ele retarda o crescimento do cristal de oxalato de cálcio e, ao mesmo tempo, muda a superfície dos cristais, causando defeitos na forma de intercrescimentos. Essas anormalidades criam centros para novos cristais”, relata Rimer, que se refere ao efeito como uma faca de dois gumes.

As descobertas de Rimer sobre o papel duplo do zinco no COM foram confirmadas por medições de microscopia de força atômica, mostrando uma capacidade única dos íons de zinco de alterar a terminação das superfícies de cristal.

A equipe comparou o impacto do zinco no COM, com íons semelhantes, como o magnésio mas obtiveram praticamente nenhum efeito. “Esta é uma excelente demonstração de como diferenças sutis na natureza de várias espécies impacta sua interação com as superfícies de cristal “, disse Rimer

.

Bibliografia consultada:

Bryan G. Alamani, Julian D. Gale, Jeffrey D. Rimer. Zinc Ions Modify Calcium Oxalate Growth by Distinct Transformation of Crystal Surface Termination. Crystal Growth & Design, 2021

Disponível em Science Daily. Traduzido e adapatado por Magistral Guide

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