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Um recente estudo italino revela que crianças e adultos jovens podem ter sua obesidade controlada com suplementação de probióticos. O trabalho publicado em setembro de 2020 mostra que a adição de determinadas cepas de probióticos foi capaz de reduzir peso e apresentar melhoras da resistência à insulina.

Bifidobacterium breve são bactérias probióticas que fazem parte do microbioma intestinal natural. Elas auxiliam na digestão de carboidratos e fibra alimentar por meio da liberação de ácidos graxos de cadeia curta, além de ajudar a prevenir o crescimento de cepas de Escherichia coli associadas à obesidade .

Flavia Prodam e colegas testaram se a suplementação de probióticos com duas cepas de B. breve teria algum impacto em crianças e adultos jovens com obesidade. Descobriram então, que não apenas o índice de massa corporal (IMC) diminuiu em relação ao placebo, mas que houve melhorias nos níveis de insulina e reduções nas concentrações de E. coli .

“Suplementos probióticos são freqüentemente administrados a pessoas sem dados de evidência adequados. Essas descobertas oferecem evidências sobre a eficácia e segurança de duas cepas probióticas no tratamento da obesidade em uma população mais jovem” disse Prodam

No entanto, ela observou durante sua apresentação que o papel da suplementação é, no entanto, “complexo” e que a descoberta de grupos de pacientes com diferentes respostas metabólicas sugere que “a administração de probióticos deve ser adaptada” ao indivíduo.

Há dados relatados em literatura que sugerem que a obesidade possa estar associada a mudanças no microbiona. Porém, não se sabe ao certo quem vem primeiro: as mudanças no microbiona ou o ganho de peso. Quanto mais alimentos processados você ingere maior a probabilidade de ter um efeito negativo sobre o microbioma podendo levar além da obesidade, problemas inflamatórios gastrointestinais como a doença de Crohn.

Obesidade infantil: um sério desafio global para a saúde

A obesidade infantil é um dos mais sérios desafios de saúde pública global do século 21, com mais de 107 milhões de indivíduos afetados em todo mundo.

Estudos anteriores mostram que indivíduos obesos apresentam baixas concentrações fecais de bifidobactérias, potencialmente prejudicando a digestão, a ingestão de alimentos e o gasto de energia.

Segundo estudo os probióticos podem ajudar crianças e adolescentes com obesidade a perder peso quando tomados junto de uma dieta com controle calórico. Cem crianças e adolescentes obesos (6 a 18 anos) foram colocados em uma dieta com restrição calórica, receberando probióticos Bifidobacterium breve BR03 e Bifidobacterium breve B632 ou placebo por 8 semanas. Análises clínicas, bioquímicas e de amostra de fezes foram realizadas para determinar o efeito da suplementação de probióticos no ganho de peso, microbiota intestinal e metabolismo.

Ao final, o grupo que recebeu probióticos obteve maior perda de peso, redução da circunferencia da cintura, menor IMC, melhoraram a sensibilidade à insulina e reduziram a quantidade de E.coli no intestino, quando comparados com as crianças que receberam apenas dieta. Essas descobertas sugerem que os suplementos probióticos e uma dieta com controle calórico podem ajudar a controlar a obesidade na população mais jovem e reduzir os riscos futuros à saúde, como doenças cardíacas e diabetes.

As bifidobactérias são um grupo de bactérias probióticas que fazem parte do microbioma intestinal natural e ajudam na prevenção de infecções por outras bactérias, como E. coli, e na digestão de carboidratos e fibra alimentar. Durante a digestão, eles liberam substâncias químicas chamadas de ácidos graxos de cadeia curta, que desempenham um papel importante na saúde intestinal e no controle da fome. Números baixos de Bifidobactérias podem prejudicar a digestão, afetar a ingestão de alimentos e o gasto de energia, levando ao ganho de peso corporal e obesidade.

O estudo sugere que a suplementação com probióticos pode modificar o ambiente do microbioma intestinal e afetar o metabolismo de forma benéfica, ajudando crianças ou adolescentes obesos que também estão sob dieta restrita a perder peso. No entanto, estudos maiores por um longo período de tempo são necessários para investigar isso.

O Dr. Prodam explica: “O próximo passo de nossa pesquisa é identificar os pacientes que poderiam se beneficiar com este tratamento probiótico, com o objetivo de criar uma estratégia de perda de peso mais personalizada. Também queremos decifrar mais claramente o papel da dieta e dos probióticos na composição do microbioma. Isso poderia nos ajudar a entender como a microbiota é diferente em jovens com obesidade. “

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Referências consultadas:

Disponível em Science Daily. Traduzido e adaptado por Magistral Guide

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