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Para os farmacêuticos que leem essa matéria, talvez a primeira imagem que veio a cabeça quando leu azul de metileno foram as aulas na faculdade utilizando-o como corante em reações químicas. De fato uma das suas utilizações é como corante, porém esse insumo centenário continua surpreendendo e novos estudos tem mostrado que sua ação farmacológica apresenta resultados positivos em casos de câncer, depressão, ansiedade, psicose, Alzheimer, na melhora da cognição e memória e até via tópica para evitar o envelhecimento.

Qual o mecanismo de ação do azul de metileno?

O azul de metileno (ou cloreto de tetrametiltionina) foi sintetizado pela primeira vez em 1876 e desde então, como medicamento, apresenta o uso consagrado em casos de metahemoglobinemias, malária e encefalopatia induzida pela ifosfamida. Seu mecanismo de ação está relacionado principalmente a sua alta capacidade antioxidante.

Devido a sua alta soubilidade em água e solventes orgânicos, o azul de metleno passa facilmente pelas membranas biológicas, possibilitando entrar livremente por compartimentos celuares como mitocôndria, lisossomas e núcleo.

Como o azul de metileno atua na depressão?

O azul de metileno possui atividade inibidora da monoamina oxidase A (MAO-A), além de ser um inibidor não seletivo da síntese de óxido nítrico (NOS) e guanilato ciclase, atividades fortemente ligadas a neurobiologia do humor, ansiedade, psicose e depressão.

Outras doenças sendo pesquisada

Há estudos mostrando que o azul de metileno possa auxiliar no tratamento de Alzheimer porque inibe o processo de formação e desagrega as fibrilas pré-formadas, evitando assim a formação de placas beta amilóides.

Via Via tópica, o uso de azul de metileno tem se mostrado como um potente eliminador de radicais livres em fibroblastos de pele humana, estimulando a proliferação dos fibroblastos, retardando o envelhecimento celular, promovendo cicatrização, aumentando hidratação da pele e espessura da derme. Só que não se esqueça que a pele fica azulada após a aplicação.

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Bibliografia consultada:

XIONG ZM, et al. Anti-Aging Potentials of Methylene Blue for Human Skin Longevity. Scientific Reports, 2017

MURAT OZ, et al. Cellular and Molecular Actions of Methylene Blue in the Nervous System. Med Res Ver, 2012

DELPORT A, et al. Methylene blue and its analogues as antidepressant compounds. Metab Brain Dis, 2017

RODRIGUEZ P, et al. Multimodal Randomized Functional MR Imaging of the Effects of Methylene Blue in the Human Brain. Radiology, 2016

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