Historicamente, os cientistas acreditavam que as células do músculo cardíaco, chamadas cardiomiócitos, não podiam se regenerar. Isso significava que qualquer célula do músculo cardíaco que uma pessoa perdesse durante um ataque cardíaco seria incapaz de recuperar-se ao longo do tempo. No entanto, pesquisas mais recentes mostram que as células do músculo cardíaco podem sim ser capazes de se regenerar.
Recentemente uma equipe de pesquisadores da Michigan State University apresentaram evidências de que a oxitocina pode ajudar a estimular a regeneração de cardiomiócitos. Os pesquisadores acreditam que essa descoberta pode um dia ajudar a restaurar as células musculares cardíacas perdidas, em pessoas que sofreram ataques cardíacos.
No estudo, os cientistas usaram tecido humano in vitro e peixe-zebra para estudar como a oxitocina ajuda a estimular as células-tronco criadas a partir do epicárdio do coração – chamadas células progenitoras derivadas do epicárdio – para se desenvolverem em cardiomiócitos. A oxitocina reprograma uma população de células adultas nas camadas externas do coração – chamadas de epicárdio – e as transforma em células-tronco. Essas células-tronco migram para as camadas mais profundas do coração lesionado – miocárdio – e reparam partes da lesão liberando fatores de cura e transformando-se em células perdidas – vasos sanguíneos, cardiomiócitos e fibroblastos.
Ainda é necessário estudo mais aprofundado. Talvez em um futuro, a oxicotina seja um medicamento para ser administrado em pessoas que sofreram infarto do miocárdio, no intuito de aumentar a regeneração endógena das células cardíacas lesionada.
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Bibliografia consultada:
Wasserman AH; et al. Oxytocin promotes epicardial cell activation and heart regeneration after cardiac injury. Frontiers in Cell and Developmental Biolog, 2022.