16 principais fármacos e suplementos usados no transtorno do espectro autista

16 principais fármacos e suplementos usados no transtorno do espectro autista

O transtorno do espectro autista (TEA) consiste em condições heterogêneas, caracterizadas por dificuldades de comunicação social, interesses restritos, comportamentos repetitivos e anormalidades sensoriais. As intervenções comportamentais continuam sendo o tratamento principal, porém diferentes medicamentos e suplementos são administrados nos pacientes e muitos deles se mostram eficazes para os sintomas associados. Contudo, a fim de melhor informar a prática clínica e identificar medicamentos potencialmente eficazes para TEA, pesquisadores da Universidade Técnica de Munique combinaram evidências de estudos farmacológicos e de suplementos dietéticos no tratamento de TEA em uma revisão sistemática e meta-análise.

Para a pesquisa, foram analisados 41 medicamentos e 17 suplementos alimentares, desses, apenas aripiprazol, atomoxetina, bumetanida e risperidona melhorou pelo menos um sintoma central em comparação com placebo em crianças/adolescentes e a fluoxetina, fluvoxamina, ocitocina e risperidona em adultos. Houve também algumas indicações de melhora a partir do uso de carnosina, haloperidol, ácido folínico, guanfacina, ômega-3, probióticos, sulforafano, tideglusibe e valproato, mas imprecisos e não robustos. 

Os pesquisadores destacam que uma grande parte da evidência consistiu de estudos com um pequeno número de participantes (média de 40) com curta duração (média de 12 semanas) e generalização limitada. Assim, apesar de alguns insumos apresentar melhora nos sintomas principais TEA, isso pode ser, provavelmente, um desfecho secundário. As evidências sobre sua eficácia e segurança são preliminares; portanto, a prescrição rotineira de insumos para TEA deve ser muito bem avaliada por um profissional quanto ao risco-benefício.

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Bibliografia consultada:

Siafis S; et al. Pharmacological and dietary-supplement treatments for autism spectrum disorder: a systematic review and network meta-analysis. Molecular Autism, 2022.

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