Se você adora um café (ou bebidas com cafeína) e está buscando economizar evite-o antes de ir às compras. Foi a conclusão de um artigo publicado no Journal of Marketing que examinou como a cafeína pode afeta os gastos do consumidor.
Vários estudos demonstram que a ingestão de cafeína aumenta a excitação, que é experimentada como um estado de ativação e alerta, podendo variar de sonolência extrema a excitação extrema. A excitação energética aumenta a percepção das características do produto e, por sua vez, aumenta as intenções de compra de produtos hedônicos, como bolachas, pipocas e chocolates.
Pesquisas anteriores já mostraram que consumir cafeína na faixa de 25 mg a 200 mg aumenta a excitação energética. O estudo em questão examinou os efeitos da ingestão de cafeína na faixa de 30 mg a 100 mg, uma vez que a maioria das porções de bebidas com cafeína tem o teor nessa faixa.
Como parte do estudo, os pesquisadores montaram uma estação de café expresso perto da entrada de duas lojas de varejo diferentes cituada na França e na Espanha. Na entrada, metade dos 300 compradores receberam uma xícara complementar de café contendo cafeína e para outra metade foi oferecido café descafeinado ou água. Os resultados apontam que o grupo da cafeína gastou significativamente mais dinheiro e comprou um número maior de itens do que aqueles que bebiam descafeinado ou água. A cafeína também impactou nos tipos de itens comprados nas lojas. O grupo que consumiu cafeína comprou itens mais hedônicos.
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Bibliografia consultada:
Biswas D; et al. EXPRESS: Caffeine’s Effects on Consumer Spending. Jornal of Marketing, 2022.