O uso excessivo de telas tem se tornado uma preocupação crescente entre crianças em idade escolar, impactando diretamente a saúde ocular e o desempenho visual. Um estudo recente avaliou os efeitos da suplementação de astaxantina na fadiga ocular digital crônica e aguda em crianças de 10 a 14 anos, trazendo descobertas promissoras.
O estudo e sua metodologia
A pesquisa, conduzida por 84 dias, envolveu 64 crianças que passavam, em média, mais de quatro horas diárias diante de telas e apresentavam sintomas leves a moderados da Síndrome da Visão Computacional (CVS). Os participantes foram divididos em dois grupos: um recebeu uma cápsula diária de 4 mg de astaxantina, enquanto o outro recebeu placebo. Foram avaliados sintomas subjetivos e medidas objetivas de desempenho visual, como fadiga ocular, estereopsia (percepção de profundidade), reflexo pupilar e produção de lágrimas.
Resultados significativos
As crianças que receberam astaxantina apresentaram uma redução 20% maior na fadiga ocular digital em comparação ao grupo placebo. Além disso, houve uma melhora de 27% na sensação de fadiga visual, maior estabilidade do reflexo pupilar à luz e aprimoramento da percepção de profundidade após esforço visual prolongado. A produção de lágrimas também aumentou significativamente no grupo suplementado, sugerindo um efeito positivo na lubrificação ocular.
Conclusão
Os achados reforçam que a astaxantina pode ser uma aliada importante na proteção da saúde ocular infantil, especialmente em um cenário onde o uso de dispositivos digitais é inevitável. Com efeitos benéficos na redução da fadiga ocular e no aprimoramento do desempenho visual, essa suplementação pode representar um suporte valioso para crianças expostas a longos períodos de tela.
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