A betaína ou trimetilglicina tem sido utilizada para aumentar o trabalho anaeróbico e reduzir a percepção de esforço e fadiga. Seu uso é capaz de aumentar a colina livre, que por sua vez pode levar a um aumento da síntese de acetilcolina nos neurônios motores. Esse importante fator auxilia a manter um ambiente mais favorável para a excitação-contração durante o exercício intenso. Dessa forma, pesquisas propõem que a suplementação com betaína proporcione efeitos ergogênicos em humanos, melhorando assim seu desempenho fisico.
Até o momento, as pesquisas envolvendo o uso de betaína em exercícios de resistência agudo concentrou-se principalmente em avaliar fatores de desempenho (força, potência, resistência) e alguns deles índices de função endócrina, porém todos realizados em adultos. Assim, um trabalho recente publicado Journal of the International Society of Sports Nutrition buscou examinar os efeitos da suplementação de betaína a curto prazo na resistência muscular, lactato plasmático, níveis de testosterona e cortisol e a relação testosterona/cortisol em resposta ao exercício de resistência agudo em jovens jogadores de handebol com idade média de 16 anos.
Segundo os autores, duas semanas de suplementação com 1,25 g de betaína, 2 vezes ao dia, 60 minutos após uma refeição, parece melhorar a resistência muscular, aumentar as concentrações de testosterona e diminuir as respostas de cortisol e lactato após uma sessão de exercício de resistência de alta intensidade.
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Bibliografia consultada:
Arazi H; et al. Effects of short-term betaine supplementation on muscle endurance and indices of endocrine function following acute high-intensity resistance exercise in young athletes. Journal of the International Society of Sports Nutrition, 2022.