As características repetitivas e excêntricas dos movimentos feitos pelos atletas de elite no futebol como correr, chutar, saltar e atacar podem induzir danos musculares acompanhados por liberação de enzimas e proteínas musculares na circulação, estresse oxidativo, inflamação e diminuição do desempenho muscular. Evidências apontam que a suplementação com colostro bovino tem efeito imunomodulador e pode ser uma intervenção segura e suave que capaz de restaurar a homeostase, ou seja, o equilíbrio do sistema imunológico, além de auxiliar no desempenho e na recuperação do exercício.
Um recente estudo teve como objetivo investigar os efeitos de 6 meses de suplementação de colostro bovino sobre indicadores de funcionamento do sistema imunológico, parâmetros relacionados ao manejo de ferro e equilíbrio anabólico/catabólico em jovens jogadores de futebol. Para isso 28 jogadores de futebol masculino completaram um protocolo cruzado duplo-cego, controlado por placebo que consistia na administração de colostro ou placebo por 24 semanas. Um teste de exercício padronizado foi realizado no início do ensaio e após 3 e 6 meses de suplementação.
Foi observado aumento significativo na concentração de imunoglobulina G, acompanhado de diminuição dos marcadores inflamatórios em atletas suplementados. Apesar de não ter sido observado efeito significativo no desempenho dos atletas, os autores puderam concluir que a utilização do colostro bovino, pode ser usado como uma intervenção relativamente suave e segura para reduzir a inflamação induzida pelo exercício físico intenso.
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Bibliografia consultada:
Cieślicka, M.; et al. Suplementação de colostro bovino de longo prazo em jogadores de futebol. Nutrientes 2023