A disponibilidade de creatina pode desempenhar um papel crucial na proteção da saúde neuronal, especialmente em condições neurodegenerativas ou lesões traumáticas. Um estudo recente, utilizando dados da Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição (NHANES) de 2013-2014, trouxe à tona evidências promissoras sobre o impacto da ingestão de creatina na redução de um biomarcador importante, o neurofilamento de cadeia leve (NfL), associado ao dano neuronal.
O Papel da Creatina no Cérebro
A creatina é um nutriente essencial para o funcionamento celular em tecidos com altas demandas de energia, como o cérebro. Ela ajuda na reposição do trifosfato de adenosina (ATP), combustível vital para as funções neuronais. Em cenários de doenças neurodegenerativas, observa-se frequentemente que uma redução na creatina no cérebro está relacionada ao agravamento dos distúrbios. Esse composto também mostrou oferecer neuroproteção em casos de lesão cerebral traumática.
O Estudo: Creatina Dietética e Níveis de NfL
Ao analisar dados de uma amostra representativa de 1912 adultos, entre 20 e 75 anos, o estudo encontrou uma correlação inversa entre a ingestão de creatina na dieta e os níveis de NfL, mesmo após ajustes para outras variáveis nutricionais que influenciam a viabilidade neuronal. Esses resultados sugerem que uma maior ingestão de creatina pode estar associada a um risco reduzido de lesão neuronal, oferecendo uma perspectiva interessante para futuras estratégias dietéticas e terapêuticas em condições neurodegenerativas.