Um estudo liderado por brasileiros da Universdade de São Paulo (USP), recentemente publicado na revista Nutrition, sugere que suplementar o aminoácido taurina pode ser uma abordagem realista na prevenção do acúmulo de radicais livres, auxiliando assim na terapia antienvelhecimento.
O estudo envolveu 24 voluntárias com idades entre 55 e 70 anos que foram separadas aleatoriamente em dois grupos. Um grupo consumiu três cápsulas de 500 mg de taurina por dia durante 16 semanas (1,5 g por dia). O outro grupo recebeu cápsulas que continham simplesmente amido de milho (placebo). Nem os voluntários nem os pesquisadores sabiam em qual grupo cada participante pertencia.
Marcadores de estresse oxidativo foram analisados em amostras de sangue colhidas antes e após a intervenção. Uma das descobertas mais intrigantes foi um aumento de quase 20% nos níveis da enzima antioxidante superóxido dismutase (SOD) no grupo taurina, em comparação com uma queda de 3,5% no grupo controle. A SOD é responsável por proteger as células das reações nocivas do radical superóxido.
Dois outros marcadores de estresse oxidativo foram analisados além da SOD: a enzima antioxidante glutationa redutase (GR), que diminuiu significativamente em ambos os grupos, e o malondialdeído (MDA), que aumentou 23% no grupo controle e diminuiu 4% no grupo suplementado com taurina.
Como conclusão os autores destacam que a suplementação de taurina foi capaz de evitar a diminuição da enzima antioxidante SOD, sugerindo-a como uma estratégia de controle do estresse oxidativo durante o processo de envelhecimento.
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Bibliografia consultada:
Abu F; et al. Taurine as a possible antiaging therapy: A controlled clinical trial on taurine antioxidant activity in women ages 55 to 70. Nutrition, 2022