Um ensaio controlado randomizado buscou avaliar a relação entre as bactérias naturais do intestino e sua conexão com o cérebro. Os participantes incluídos no estudo eram adultos com depressão, avaliados a partir da Escala de Avaliação de Depressão de Hamilton (HAM-D) e que estavam em tratamento com algum antidepressivos.
Pacientes com episódios depressivos tomaram um suplemento contendo altas doses de probiótico de várias cepas (900 bilhões de UFC/dia – Streptococcus thermophilus NCIMB 30438 , Bifidobacterium breve NCIMB 30441 , Bifidobacterium longum NCIMB 30435 (Reclassificada como B. lactis), Bifidobacterium infantis NCIMB 30436 (Reclassificado como B. lactis), Lactobacillus acidophilus NCIMB 30442 , Lactobacillus plantarum NCIMB 30437 , Lactobacillus paracasei NCIMB 30439 , Lactobacillus delbrueckii subsp. Bulgaricus NCIMB 30440 ( Reclassificado como L. helveticus) ou placebo por 31 dias, além do tratamento usual. As avaliações ocorreram antes, imediatamente após e novamente quatro semanas após a intervenção.
Os pesquisadores descobriram que os participantes que receberam o probiótico tiveram uma redução maior em seus sintomas depressivos. Eles também viram um aumento em um grupo de bactérias chamado Lactobacillus entre a flora intestinal dos participantes que receberam o probiótico.
Segundo os autores, essas descobertas podem ajudar a desenvolver probióticos melhores, mais eficientes e adaptados individualmente para auxiliar no tratamento da depressão.
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Bibliografia consultada:
Schaub AC; et al. Clinical, gut microbial and neural effects of a probiotic add-on therapy in depressed patients: a randomized controlled trial. Translational psychiatry, 2022.