O corpo humano contém cerca de 1,5 a 3 g de zinco e grande parte encontra-se armazenada no interior dos ossos. Associações significativas de baixos níveis séricos de zinco, bem como cobre, ferro e magnésio com a redução da densidade mineral óssea e risco de osteoporose têm sido relatadas em mulheres pós-menopausa. Com isso, diversos estudos em animais tentam averiguar essa associação do uso de zino com a saúde óssea, porém estudos em humanos ainda são escassos.
Para esclarecer essa questão, pesquisadores japoneses publicaram na revista Nutrients um estudo clínico realizado com pacientes idosos e acometidos com osteoporose. Para o trabalho foram incluídos 122 idosos com osteoporose, deficiência de zinco (zinco sérico <60 μg/dL) e com idade superior a 65 anos. Os pacientes receberam durante 12 meses a medicação padrão para osteoporose em conjunto com 25 mg de zinco (83,92 mg de dihidrato de acetato de zinco) duas vezes ao dia.
Durante o período de avaliação não foram observados efeitos adversos graves nem fraturas. Como esperado, os níveis de zinco sérico foram elevados com sucesso após administração. Outros dados clínicos também apressentaram destaque, como a densidade mineral óssea que aumentou significativamente a partir da linha de base aos 6 e 12 meses de tratamento de zinco. Os marcadores de formação óssea subiram acentuadamente dos valores da linha de base, enquanto os marcadores de reabsorção óssea apresentaram alterações moderadas ou não características.
Os pesquisadores concluem que a suplementação aditiva de zinco ao tratamento pode contribuir para o aumento da densidade mineral óssea, auxiliando na prevenção da ocorrência de fraturas em pacientes osteoporóticos idosos com deficiência de zinco.
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Bibliografia consultada:
Nakano M; et al. Zinc Pharmacotherapy for Elderly Osteoporotic Patients with Zinc Deficiency in a Clinical Setting. Nutrients, 2021