Excesso de peso e obesidade são mais mortais do que se imagina

Excesso de peso e obesidade são mais mortais do que se imagina

Até o momento a maioria dos estudos mostram que as pessoas inseridas na categoria de “excesso de peso” (IMC 25-30) têm o menor risco de mortalidade. Aqueles na categoria “obesos” (30-35) têm pouco ou nenhum risco aumentado em relação à chamada categoria “saudável” (18,5-25). E tanto os “abaixo do peso” (menos de 18,5) quanto os extremamente obesos (35 e mais) correm maior risco de morte.

Mas a análise estatística de quase 18.000 pessoas, publicada na revista Population Studies contraria o que se preconiza atualmente de que o excesso de peso aumenta o risco de mortalidade apenas em casos extremos. Segundo o estudo, o excesso de peso ou obesidade aumenta o risco de morte em algo entre 22% e 91% – significativamente mais do que se acreditava anteriormente.

Os autores alertam que esses resultados são decorrentes a classificação subestimada dos pacientes dentro do IMC, pois seu resultado é baseado apenas no peso e na altura e não leva em conta as diferenças na composição corporal ou há quanto tempo uma pessoa está acima do peso. Assim, quando se avalia as características individuais de cada corpo, cerca de 20% da amostra caracterizada como peso “saudável” estava na categoria de sobrepeso ou obesidade. Quando separado, esse grupo tinha um perfil de saúde substancialmente pior do que aqueles na categoria cujo peso estava estável. Enquanto isso, 37% daqueles caracterizados com sobrepeso e 60% daqueles com IMC obeso estavam com IMCs mais baixos.

Os autores esperam que a pesquisa alerte os cientistas e profissionais de saúde a serem “extremamente cautelosos” ao tirar conclusões com base no IMC.

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Bibliografia consultada:

Masters RK. Sources and severity of bias in estimates of the BMI–mortality associationPopulation Studies, 2023. 

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