O selênio é um mineral presente naturalmente em muitos alimentos e na composição de diversos suplementos e fórmulas manipuladas. Sua ingestão é importante na prevenção de inflamações, doenças cardiovasculares, infecções e câncer. Pesquisas mais recentes sugerem que o selênio tenha também propriedades antienvelhecimento, podendo inclusive proteger contra doenças relacionadas a idade como doenças cardiovasculares e distúrbios neuropsiquiátricos.
Outro dado importante é que o selênio é um componente importantíssimo para a formação de enzimas e proteínas conhecidas como selenoproteínas, que desepenham um papel fundamental no metabolismo do hormônio da tireoide, na síntese de DNA e como poderosos antioxidantes, protegendo o corpo contra os radicais livres.
Uma revisão de 2021 descobriu que as selenoproteínas são capazes de exercer ação no controle e remoção de proteínas mal dobradas, que se acumulam à medida que envelhecemos. Especialistas observam que o acúmulo dessas proteínas é uma característica comum do envelhecimento e de doenças relacionadas à idade, incluindo diabetes tipo 2 e doença de Alzheimer.
Os especialistas também acreditam que o selênio protege a pele contra o estresse oxidativo ultravioleta (UV), estimulando as enzimas antioxidantes dependentes de selênio glutationa peroxidase (GPx) e tiorredoxina redutase (TDR). TDR está localizado na membrana plasmática dos queratinócitos epidérmicos. Isso pode potencialmente combater o envelhecimento da pele causado pela exposição aos raios UV.
Em outro estudo de revisão, os pesquisadores constataram que o aumento da ingestão alimentar de selênio está associado a telômeros mais longos (estrutura que forma a extremidades dos cromossomos e que afetam a rapidez com que as células envelhecem). Cada aumento de 20 microgramas de selênio na dieta estava associado a um comprimento de telômero 0,42% maior em participantes com mais de 45 anos.
Assim, os dados apontam que níveis mais altos de selênio esteja associado à longevidade e redução da mortalidade por todas as causas em idosos. Porém, mais estudos são necessários para avaliar com mais detalhes essa potencial relação e a dose ideal, já que o excesso de selênio pode ser tóxico e causar maleficios à saúde.
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Bibliografia consultada:
Alehagen U; et al. Impact of Selenium on Biomarkers and Clinical Aspects Related to Ageing. A Review. Biomolecules, 2021.
Shu Y; et al. Association of dietary selenium intake with telomere length in middle-aged and older adults. Clinical Nutrition, 2020.