O envelhecimento está associado a um aumento constante na incidência de doença cardiovascular em mulheres. Aproximadamente, 75% e 78% das mulheres na pós-menopausa com idade entre 65 e 75 anos e mais de 75 anos nos Estados Unidos são hipertensas. Supõe-se que um mecanismo de disfunção endotelial com redução da disponibilidade de L-arginina, o substrato para a síntese de óxido nítrico, esteja presente nesses pacientes, explicando o aumento da prevalência de hipertensão.
Os aminoácidos L-arginina e L-citrulina têm sido investigados como precursores do óxido nítrico para melhorar a função vascular e a pressão arterial. Estudos mostram que a L-citrulina tem uma absorção maior do que L-arginina, uma vez que não é catabolizada pela arginase intestinal, aumentando assim a biodisponibilidade de óxido nítrico.
Contudo, pesquisadores da Universidade do Texas nos EUA buscou investigar os efeitos da L-citrulina na função endotelial, rigidez aórtica e pressão arterial braquial e aórtica em repouso de mulheres hipertensas na pós-menopausa. Para isso, 25 mulheresna na pós-menopausa foram randomizadas para receber 10 g de L-citrulina ou placebo por 4 semanas.
Os resultados apontam que a suplementação com L-citrulina aumentou os níveis de L-arginina e a dilatação fluxo-mediada da artéria braquial em relação ao placebo. Também foi possível observar que a pressão arterial diminuiu significativamente após o período de tratamento.
Segundo os autores, o uso de L-citrulina é capaz de melhorar a função endotelial e a pressão arterial através do aumento da disponibilidade da L-arginina, causando vasodilatação mediada por óxido nítrico. O uso de L-citrulina pode ser uma estratégia terapêutica viável para tratar as complicações vasculares que se tornam comuns em mulheres hipertensas na pós-menopausa.
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Bibliograia consultada:
Maharaj A; et al. Effects of L-Citrulline Supplementation on Endothelial Function and Blood Pressure in Hypertensive Postmenopausal Women. Nutrients, 2022.