Para o tratamento das patologias na mucosa oral como inflamações, lesões e as conhecidas aftas, muitas vezes faz-se necessário a administração de um fármaco em um veículo que garanta a permanência do medicamento o maior tempo possível no local, evitando ao máximo que o mesmo seja retirado pela saliva. Nesses casos, a forma farmacêutica orabase é ideal para administrar insumos na mucosa oral, pois é capaz de formar um filme, fixando-se e mantendo o fármaco mais tempo em contato local.
As pomadas orabases são veículos constituídos de duas fases (aquosa e oleosa) e, apesar de geralmente não ter uma alta saída nas farmácias de manipulação é sempre bom ter sua maneira de preparo em mãos para não ter surpresas se por ventura uma prescrição aparecer.
Segue a farmacotécnica clássica da Pomada Orabase:
| Ingredientes | Quantidade (%) |
| Fase 1 – oleosa Gel de petrolato e polietileno | 40 |
| Fase 2 – aquosa Preparar conforme próxima tabela | 60 |
.
Preparo da Fase 2:
| Ingredientes | Quantidade (%) |
| CMC | 0,5 |
| Pectina | 10 |
| Gelatina | 0,5 |
| Conservante | qs |
| Água | qsp |
Preparo: Aqueça a água até fervura. Dissolva o conservante e o CMC. Adicione a seguir a gelatina e por último a pectina aos poucos. Deixe esfriar e junte com a fase oleosa (fase 1) para formar a orabase.
Nota.: Os insumos mais comumentes administrados em pomadas orabase é a triancinolona, gentamicina, neomicina, bacitracina, cetoconazol, nistatina e tinturas. Sugere-se diluir o insumo previamente na fase em que apresente maior solubilidade.
