Uma revisão sistemática e meta-análise publicada em dezembro de 2020 na Clinical Nutrition encontrou uma associação entre níveis mais elevados de magnésio a um menor risco de mortalidade cardiovascular e mortalidade por todas as causas durante o acompanhamento entre homens e mulheres com doença crônica renal.
Pesquisadores da Universidade Vrije em Amsterdã selecionaram 33 estudos que incluíram 348.059 pacientes para a análise. As concentrações plasmáticas ou séricas de magnésio dos indivíduos foram obtidas no início dos estudos e todas as causas de mortalidade, mortalidade cardiovascular e eventos cardiovasculares e/ou outros resultados foram documentados durante os períodos de acompanhamento que variaram de uma média de 11,7 meses a 278 meses .
Cada aumento de 0,1 milimole por litro de magnésio foi associado a um risco 15% menor de sofrer um evento cardiovascular ou morrer de doença cardiovascular e a um risco 10% menor de morrer por qualquer causa durante o acompanhamento.
“Esta revisão e meta-análise demonstram que a concentração plasmática de magnésio está inversamente associada com todas as causas de mortalidade e mortalidade cardiovascular em pacientes com doença renal crônica, incluindo aqueles em diálise”, escreveram os autores. Os autores sugerem o início de ensaios clínicos para determinar se as concentrações plasmáticas de magnésio podem ser aumentadas com segurança e para confirmar o efeito do mineral em mortalidade cardiovasculares e mortalidade por todas as causas.
.
Bibliografia consultada:
Leenders NHJ, et al. The association between circulating magnesium and clinically relevant outcomes in patients with chronic kidney disease: A systematic review and meta-analysis. Clinical nutrition, 2020.