As ligações potenciais entre o estresse oxidativo e a fisiopatologia da doença de Alzheimer já foram relatadas em literatura. Marcadores biológicos de estresse oxidativo, como a forma reduzida de glutationa, podem ter um papel potencial como biomarcadores preditivos para o desenvolvimento de doença de Alzheimer.
Um estudo recente explorou a associação entre os níveis de glutationa plasmática e o risco de desenvolver Alzheimer ou declínio cognitivo. Para isso, 391 participantes idosos com mais de 64 anos sem diagnóstico de demência foram incluídos no estudo. Os indivíduos que apresentaram maiores valores de glutationa plasmática tiveram um risco 70,1% menor de desenvolver a doença de Alzheimer, em comparação com aqueles com níveis ais baixos. Os resultados també sugerem que há uma relação potencial dose-resposta.
Os autores concluem que o estudo foi capaz de mostrar que níveis plasmáticos de glutationa basais mais elevados estão associados a uma diminuição do risco de desenvolver doença de Alzheimer e a uma melhor preservação do funcionamento cerebral.
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Bibliografia consultada:
Charisis S; et al. Plasma GSH levels and Alzheimer’s disease. A prospective approach.: Results from the HELIAD study. Free Radical Biology and Medicine, 2021.