O treinamento olfativo consiste em cheirar os óleos regularmente para “desafiar” os nervos responsáveis por enviar mensagens olfativas ao cérebro. Esses nervos são conhecidos por serem capazes de curar e crescer novamente em um processo chamado neuroplasticidade.
Um estudo publicado no JAMA Otolaryngology-Head & Neck Surgery avaliou 275 pessoas com idades entre 18 e 71 anos que relataram perda de olfato devido ao COVID-19. Os participantes cheiraram óleos por 15 segundos com um descanso de 30 segundos entre os odores. O estudo durou 3 meses.
Um protocolo de treinamento olfativo tradicional usa quatro aromas específicos: rosa, limão, eucalipto e cravo. Um grupo no estudo usou esses aromas, enquanto outro grupo cheirou quatro aromas que eles mesmos selecionaram entre 24 opções de aromas. Um terceiro grupo de controle não participou do treinamento olfativo. Além disso, um subconjunto de pessoas no estudo viu imagens dos aromas que eles cheiravam.
Embora não houve diferenças significativas na pontuação UPSIT (Teste de Identificação do Olfato) os pesquisadores observaram que a impressão auto-relatada de melhora pelos pacientes foi maior nos pacientes que selecionaram e viram as imagens dos aromas. Assim, apesar dos resultados não serem definitivos e haver necessidade de mais avaliações, os pesquisadores destacam que pacientes com perda olfativa por COVID-19 podem se beneficiar do treinamento visual-olfatório com seus aromas preferidos.
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Bibliografia consultada:
Khan AM; et al. Efficacy of Combined Visual-Olfactory Training With Patient-Preferred Scents as Treatment for Patients With COVID-19 Resultant Olfactory LossA Randomized Clinical Trial. JAMA Otolaryngology-Head & Neck Surgery, 2022.