Embora os pacientes possam estar interessados nos nutracêuticos como uma possível opção no tratamento da acne, existe uma incerteza quanto à eficácia e à segurança desses produtos. Em uma revisão publicada no periódico JAMA Dermatology pesquisadores buscaram identificar estudos randomizados que avaliassem intervenções oral de nutracêuticos em pacientes com acne, como uso de vitaminas, minerais, extratos vegetais, prebióticos e probióticos. Foram avaliados os desfechos relatados tantos por médicos como por pacientes, além dos eventos adversos verificados nas pesquisas.
A pesquisa encontrou 42 estudos, com um total de 3.346 participantes. Desses 42 estudos, 27 foram considerados de baixa qualidade, 11 apresentaram qualidade regular e 4 foram classificados como de boa qualidade. Os estudos de boa qualidade avaliaram separadamente quatro intervenções: vitamina D, extrato de chá verde, probióticos e o cheongsangbangpoong-tang, uma formulação à base de plantas aprovada para o tratamento da acne pela agência reguladora de alimentos e medicamentos da Coreia do Sul. Os 11 estudos de qualidade regular sugeriram uma possível eficácia do ácido pantotênico (vitamina B5), dos ácidos graxos ômega-3 (ácido eicosapentaenoico [EPA] e/ou ácido docosaexaenoico [DHA]) e ômega-6 (ácido gamalinoleico) e dos probióticos.
O zinco foi o nutracêutico mais estudado segundo os achados da revisão. Entretanto, verificou-se uma heterogeneidade substancial nos resultados, onde doses mais elevadas mostrava uma eficácia maior. Foram encontrados um maior número de estudos corroborando a eficácia dos probióticos, porém as pesquisas foram, em sua maioria, compostas de amostras populacionais muito pequenas. Contudo, segundo os autores são necessárias mais pesquisas para determinar com mais precisão a eficácia e os efeitos colaterais dos produtos avaliados no estudo.
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Bibliografia consultada:
Shields A; et al. Safety and Effectiveness of Oral Nutraceuticals for Treating Acne A Systematic Review. Nutritional Supplementation for Hair Loss, 2023.