A romã (Pomegranate) possui certos polifenóis em sua composição que é capaz de aumentar a produção de urolitina A pelas bactérias intestinais. A urolitina A é um composto natural que comprovadamente apoia a memória, função cognitiva e reduz a inflamação cerebral. Agora, um novo estudo sugere que esse composto pode também ter propriedades terapêuticas no tratamento da doença de Alzheimer.
Pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, conduziram um estudo para compreender os benefícios do tratamento de longo prazo com urolitina A na doença de Alzheimer. Usando três modelos de camundongos com doença de Alzheimer, eles combinaram o tratamento com experimentos comportamentais, eletrofisiológicos, bioquímicos e bioinformáticos.
Após cinco meses de tratamento com urolitina A, observaram melhorias na memória, acumulação de proteínas, processamento de resíduos celulares e danos no DNA nos cérebros de ratos com Alzheimer. Além disso, marcadores importantes de inflamação cerebral foram reduzidos, tornando os ratos tratados mais semelhantes aos saudáveis.
Dessa forma, os resultados mostraram que a urolitina A pode melhorar a aprendizagem e a memória, reduzir a neuroinflamação e melhorar os processos de limpeza celular em ratos com doença de Alzheimer. Embora os estudos em animais não se traduzam diretamente em humanos, os especialistas acreditam que a urolitina A pode ter potencial como futuro agente preventivo ou terapêutico para a doença de Alzheimer.
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Bibliografia consultada:
Hou Y; et al. Urolithin A improves Alzheimer’s disease cognition and restores mitophagy and lysosomal functions. Alzheimer’s & Dementia, 2024.