O estresse oxidativo ocorre quando há um desequilíbrio entre antioxidantes e radicais livres e tem sido associado ao envelhecimento e a doenças relacionadas à idade. Uma revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos randomizados e controlados publicados na Pharmacological Research aponta que a suplementação com zinco tem um efeito protetor contra o estresse oxidativo.
Foram selecionados 10 ensaios clínicos randomizados para elaborar a meta-análise. Os dados agrupados relataram que a suplementação de zinco é capaz de reduzir os níveis séricos de MDA (malondialdeído, um marcador de estresse oxidativo) em cerca de 0,42 micromoles por litro comparado com aqueles que receberam um placebo. Entre os estudos que relataram a capacidade antioxidante total, os níveis foram significativamente maiores entre os indivíduos suplementados com zinco em comparação com o grupo do placebo, e entre os estudos que dosaram os níveis de glutationa, os participantes que receberam suplementos com zinco também tiveram níveis mais elevados. Os níveis de óxido nítrico não diferiram significativamente entre os participantes que receberam zinco e aqueles que receberam um placebo nos ensaios que investigaram essa associação.
Os autores destacam o papel do zinco na regulação da glutationa peroxidase, sua função na enzima antioxidante endógena superóxido dismutase (SOD) nas membranas celulares e seu efeito inibitório contra as enzimas peroxidase lipídica e NADPH-oxidase como fatores que contribuem para sua capacidade de reduzir o estresse oxidativo. Assim, estudos futuros devem ser projetados para investigar os efeitos de diferentes doses de suplementos de zinco sobre esses biomarcadores.
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Bibliografia consultada:
Mousavi SM; et al. Clinical effectiveness of zinc supplementation on the biomarkers of oxidative stress: A systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Pharmacol Res, 2020