A capsaicina é encontrada naturalmente nas pimentas e é o agente que fornece o sabor quente e picante ao comer pimentas. Alguns pesquisadores tem associado seu uso no tratamento de determinado tipos de cânceres, porém algumas características do insumo restringem o uso clínico, sendo necessário adotar técnicas de liberação modificada para melhorar o perfil de absorção da capsaicina.
Recentemente publicado na Pharmacology & Therapeutics, um artigo de revisão elaborado por pesquisadores da Universidade Marshall, narra pela primeira vez uma descrição detalhada da atividade anticancerígena de formulações de liberação sustentada de capsaicina.
O agente nutricional capsaicina apresentou atividade inibidora de crescimento robusta em uma gama diversificada de cânceres humanos. No entanto, as aplicações clínicas da capsaicina como agente anticancerígeno viável foram prejudicadas por três fatores – baixa solubilidade, baixa biodisponibilidade e sabor picante.
O uso oral de capsaicina está associado a efeitos colaterais desfavoráveis, como cólicas estomacais, náusea, sensação de queimação no intestino e irritação gastrointestinal. Uma estratégia para superar essas desvantagens é o desenvolvimento de diferentes sistemas de entrega, como o encapsulamento de capsaicina em sistemas de liberação sustentada, permtindo níveis de capsaicina mais consistentes, podendo ser mais eficiente como agente anticancerígeno.
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Bibliografia consultada:
Merritt JC; et al. Anti-cancer activity of sustained release capsaicin formulations. Pharmacology & Therapeutics, 2022