Revisão aponta que o uso de simeticona na cólica infantil é comparável ao placebo

Revisão aponta que o uso de simeticona na cólica infantil é comparável ao placebo

A cólica infantil é definida como choro excessivo nos primeiros meses de vida. Apesar de comum é mal compreendida, afetando entre 3% e 40% dos lactentes. Estima-se que essa fase desapareça gradualmente quando a criança atinge 4 meses. Porém dentro desse período o choro constante preocupa os pais que tentam buscar uma solução para o incomodo do bebê. Entre as opções de tratamento destaca-se as medicamentosas (por exemplo, cloridrato de diciclomina, cimetrópio, simeticona e inibidores da bomba de prótons), uso de fitoterápicos, terapias manuais (por exemplo, quiropraxia, osteopatia e fisioterapia), uso de probióticos, modificação da dieta e até mesmo intervenções e orientações aos pais.

Com isso, uma revisão sistemática procurou avaliar a eficácia das quatro principais abordagens de tratamento (terapia manual, probióticos, inibidores da bomba de prótons e simeticona) nos sintomas de cólica, incluindo tempo de choro do bebê, desconforto no sono e eventos adversos.

Trinta e dois estudos foram selecionados. Evidências de alto nível mostraram que os probióticos foram mais eficazes para reduzir o tempo de choro em bebês amamentados. Na sequência, as terapias manuais apresentaram evidências de qualidade moderada a baixa, mostrando também redução do tempo de choro. 

Por outro lado, a simeticona teve evidência moderada a baixa, não mostrando benefício ou efeito negativo, com efeito comparado a um placebo. Já o uso de inibidores da bomba de prótons para reduzir o tempo de choro e agitação não é indicado, não compensando o risco-benefício.

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Bibliografia consultada:

Ellwood J; Rodi JD; Canes D. Comparison of common interventions for the treatment of infantile colic: a systematic review of reviews and guideline. BMJ Open, 2020

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