A motivação tem a ver com o impulso das pessoas em concluir tarefas e é influenciada por fatores internos e externos. Toda a fisiologia da motivação ainda não é bem compreendida. Um estudo recente publicado na eLife descobriu que a glutationa, um potente antioxidante endógeno produzido a partir dos aminoácidos cisteína, glutamato e glicina, quando presente em determinadas partes do cérebro pode influenciar positivamente os níveis de motivação de uma pessoa.
Os pesquisadores usaram a espectroscopia de ressonância magnética de prótons para examinar os níveis de glutationa em cérebros de ratos e humanos. Foi possível observar que níveis mais altos de glutationa, principalmente na região do núcleo accumbens, estava associado a um desempenho mais consistente e melhor em tarefas que exigiam esforço.
Aprofundando os estudos em animais os pesquisadores perceberam que a diminuição dos níveis de glutationa reduzia os esforços dos ratos para concluir tarefas baseadas em esforço. Porém, quando os ratos receberam um precursor do glutationa para aumentar os níveis cerebrais, seu desempenho melhorou.
Ainda é necessário realizar estudos em maior escala, estratificando os indivíduos quanto às diferenças no conteúdo de glutationa no núcleo accumbens e estudando como as intervenções nutricionais ou farmacológicas poderiam ajudar a melhorar sua capacidade de continuar com tarefas e esforço físico.
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Bibliografia consultada:
Zalachoras I; et al. Glutathione in the nucleus accumbens regulates motivation to exert reward-incentivized effort. e-Life, 2022.