A gravidez induz uma grande mudança nos hormônios, no metabolismo, na resposta imunológica e no microbioma. A prevalência de constipação durante a gravidez varia de 11% a 38%, com etiologias incluindo aumento dos níveis de progesterona, alterações na ingestão de líquidos e fibras, alterações no microbioma intestinal e suplementação, como ferro. A inflamação crônica de baixo grau no intestino, na vagina ou na cavidade oral durante a gravidez tem sido correlacionada com problemas de saúde tanto em mulheres grávidas como nos fetos.
A Clorela é uma alga verde unicelular que cresce em água doce e contém muito mais proteínas e clorofila do que outras plantas. As espécies de Clorela são ricas em vitaminas, incluindo múltiplas formas de folato, vitaminas B12 e D, minerais como ferro e magnésio e fibra alimentar. Foi relatado que o uso de Clorela exerce uma variedade de efeitos, incluindo a redução da inflamação e dos níveis de colesterol, prevenção de úlceras induzidas pelo estresse, aumento da resistência à infecção e da atividade antineoplásica, diminuição das dioxinas no leite materno e redução do risco de anemia , proteinúria e edema em mulheres grávidas.
Em um recente estudo, pacientes com níveis de proteína C reativa >0,05 mg/dL (16 semanas de gestação) foram incluídos e alocados aleatoriamente no grupo Clorella ou grupo controle. Exames bioquímicos sanguíneos foram realizados na semana 25, 30 e 35 de gestação e a evacuação (sintomas dependendo dos critérios de Roma IV e uso de laxantes) avaliada. O grupo Clorela apresentou uma taxa significativamente menor de constipação do que o grupo controle.
O estudo foi capaz de demonstrar os efeitos benéficos e a segurança da suplementação de Clorela em mulheres grávidas, o que preveniu a constipação e a administração desnecessária de laxantes.
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Bibliografia consultada:
Tanaka YU; et al. The effect of Chlorella supplementation in pregnant women with low-grade inflammation. Food Science & Nutrition, 2023.