Casos de declínio cognitivo em idosos mais que dobram em dez anos

Casos de declínio cognitivo em idosos mais que dobram em dez anos

Um estudo, publicado na Clinical Epidemiology, analisou dados de mais de 1,3 milhão de adultos com idades entre 65 e 99 anos, coletados entre 2009 e o final de 2018. Os pesquisadores identificaram 55.941 adultos que conversaram com seus médicos sobre problemas de memória e 14.869 pessoas que apresentaram histórico de declínio cognitivo.

Foi possível constatar que para cada 1.000 pessoas, observadas por um ano em 2009, houve um novo caso de declínio cognitivo registrado. Já em 2018, para cada 1.000 pessoas observadas por um ano, havia três novos casos de declínio cognitivo registrados.

O estudo mostrou que, embora as taxas de preocupação com a memória tenham permanecido estáveis, a incidência de declínio cognitivo, mais que dobrou entre 2009 e 2018.

Também foi possível observar que dentro de três anos de acompanhamento de uma pessoa a partir da data em que o médico relatou uma preocupação com a memória, 46% desenvolveram demência. Para pessoas com declínio cognitivo, 52% desenvolveriam demência.

Os autores destacam que as preocupações com a memória e o declínio cognitivo não são apenas sintomas característicos da demência, mas também preveem um alto risco de desenvolver demência. É importante que os médicos identifiquem as pessoas com problemas de memória o mais rápido possível para fornecer recomendações para melhorar a memória e permitir o diagnóstico oportuno de demência.

.

Bibliografia consultada:

Hallam B; et al. Time Trends in Incidence of Reported Memory Concerns and Cognitive Decline: A Cohort Study in UK Primary Care. Clinical Epidemiology, 2022.

WhatsApp
Facebook
Telegram
Twitter
LinkedIn