Em 2021, a Organização Mundial da Saúde anunciou que a resistência antimicrobiana é uma das 10 principais ameaças globais de saúde pública que a humanidade enfrenta. À medida que mais patógenos se tornam resistentes a vários antimicrobianos, esses medicamentos se tornam ineficazes, o que significa que as infecções são cada vez mais difíceis de tratar.
Um novo estudo investigou os efeitos do DIM (3,3,-diindolilmetano), um derivado do indol-3-carbinol em biofilmes formados por bactérias patogênicas. Segundo os pesquisadores um insumo que apresenta a capacidade de interromper com segurança um biofilme bacteriano tem o potencial de reduzir a resistência a antibióticos.
Para o estudo foram investigados quatro bactérias patogênicas gram-negativas com alta resistência aos antibióticos: Pseudomonas aeruginosa PAO1, Acinetobacter baumannii , Serratia marcescens e Providencia stuartii .
Os resultados apontam que em todas as quatro bactérias, o DIM reduziu a formação de biofilme em até 80%.
Os autores destacam que como a formação de biofilme ajuda as bactérias a resistir aos medicamentos e a se ligar aos tecidos, um insumo como o DIM, capaz de reduzir essa formação pode ser muito promissor. O objetivo agora e seguir com as pesquisas e avaliar se esse potencial do DIM também pode ser visto em bactérias gram-positivas como o Staphylococcus aureus.
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Bibliografia consultada:
Golberg K; et al. Anti-Virulence Activity of 3,3′-Diindolylmethane (DIM): A Bioactive Cruciferous Phytochemical with Accelerated Wound Healing Benefits. Pharmaceutics, 2022.