O magnésio é um neuroprotetor, além de ter efeitos positivos sobre a pressão arterial. Alguns estudos sugerem que o magnésio dietético está associado a uma melhor função cognitiva e pode reduzir o risco de demência. Um estudo, por exemplo, que acompanhou 1.000 adultos de meia-idade por 17 anos descobriu que aqueles que tomavam os níveis mais altos de magnésio tinham um risco 37% menor de desenvolver demência em comparação com aqueles que tomavam a menor quantidade.
Para elucidar melhor a associação entre a ingestão de magnésio com volumes cerebrais e lesões da substância branca, pesquisadores avaliaram os dados de 6.001 participantes com idades entre 40 e 73 anos do UK Biobank. Os dados incluíram medições de pressão arterial, ressonância magnética e ingestão de magnésio durante um período de 24 horas, cinco vezes ao longo de 16 meses.
Ao final do estudo, eles descobriram que uma maior ingestão de magnésio na dieta estava ligada a maiores volumes cerebrais e menores lesões de substância branca – ambos indicadores de demência – em exames de ressonância magnética. Consumir mais de 550 mg de magnésio por dia está associado a uma idade cerebral mais jovem quando comparado a ingestão de 350 mg por dia (próximo da ingestão diária média).
Foi possível constatar também que a alta ingestão de magnésio na dieta era mais neuroprotetora para as mulheres do que para os homens, principalmente nas mulheres na pós-menopausa em comparação com as mulheres na pré-menopausa.
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Bibliografia consultada:
Alateeq K; Walsh EI; Cherbuin N. Dietary magnesium intake is related to larger brain volumes and lower white matter lesions with notable sex differences. European Journal of Nutrition, 2023.