Meta-análise sugere que a ingestão de carotenóides está associada a um melhor desempenho cognitivo

Meta-análise sugere que a ingestão de carotenóides está associada a um melhor desempenho cognitivo

Os carotenóides pertencem a uma grande família de pigmentos vegetais amplamente presentes em vegetais e frutas amarelo-alaranjadas, como cenoura, damasco e tomate. Dos mais de 700 carotenóides, 6 são comumente encontrados na dieta humana: α-caroteno, β-caroteno, luteína, zeaxantina, licopeno e β-criptoxantina. Recentemente, astaxantina, um carotenóide xantofila sintetizado por várias bactérias, microalgas e leveduras também despertou interesse de uso. No geral, o consumo desses carotenóides na dieta tem sido associado a vários benefícios à saúde, incluindo um risco reduzido de degeneração macular relacionada à idade, alguns tipos de câncer e doença cardíaca coronária. 

Alguns carotenóides podem facilmente atravessar a barreira hematoencefálica e atingir o cérebro. Há evidências crescentes de que esses compostos podem afetar positivamente a função cognitiva por meio de seus efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios. Para elucidar melhor essa relação, uma revisão sistemática e meta-análise foi conduzida com intuito avaliar os potenciais efeitos clínicos dos carotenóides na cognição em humanos adultos.

Foram selecionados 9 estudos elegíveis com um total de 4.402 indivíduos não dementes, cuja idade variou de 45 a 78 anos. Os resultados da meta-análise agrupada encontraram um efeito significativo da intervenção com carotenóides nos resultados cognitivos. 

Embora mais estudos sejam necessários, os autores sugerem que as intervenções com carotenóides estão associadas a um melhor desempenho cognitivo. Assim, esses compostos dietéticos podem ajudar a reduzir o risco de comprometimento cognitivo e demência.

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Bibliografia consultada:

Davinelli S; et al. Carotenoids and Cognitive Outcomes: A Meta-Analysis of Randomized Intervention Trials. Antioxidants, 2021.

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