A artrite reumatóide (AR) é uma doença autoimune crônica que pode causar inchaço, dores, rigidez matinal, deformidades nas articulações, osteoporose e até incapacidade. Uma variedade de fatores de risco estão envolvidos no desenvolvimento da AR, incluindo fatores genéticos e ambientais. Foi demonstrado que fatores ambientais como tabagismo, inalação de poeira, IMC elevado e fatores hormonais contribuem para a patogênese da AR. Além disso, vários estudos sugeriram que as exposições ambientais das mucosas e/ou a disbiose das mucosas desempenham um papel causal no período de suscetibilidade à AR. Estas pesquisas apoiam a “hipótese das origens mucosas”, que afirma que a AR se origina em um ou mais locais da mucosa e depois é transmitida a outros órgãos.
Um estudo resumiu os trabalhos atuais sobre o papel e os mecanismos potenciais da microbiota intestinal no desenvolvimento e progressão da AR, bem como os efeitos preventivos e terapêuticos e os mecanismos potenciais dos probióticos na AR. Segundo os autores, a microbiota intestinal está intimamente associada ao desenvolvimento e progressão da AR. Portanto, é crucial identificar a relação causal entre o microbioma humano e a patogênese da AR, pois esse conhecimento é essencial para melhorar os resultados do tratamento e restaurar a saúde dos pacientes.
Ensaios clínicos e em animais demonstraram que a suplementação de probióticos melhora os sintomas da AR, regulando a disbiose na microbiota intestinal e modulando as respostas imunológicas. Ainda são necessários mais estudos de intervenção mas se for comprovadamente viável, esta abordagem poderá levar ao desenvolvimento de estratégias de prevenção ou tratamento inteiramente novas no campo clínico.
Bibliografia consultada:
Yang Y; et al. Rheumatoid arthritis and the intestinal microbiome: probiotics as a potential therapy. Front. Immunol., 2024.