A Rhodiola rosea é um fitoterápico adaptógeno, ou seja, auxilia o corpo a resistir a uma ampla variedade de estressores para manter a homeostase e estabilizar processos fisiológicos que podem ser interrompidos. Diversos estudos têm mostrado que a Rhodiola apresenta propriedades anti-inflamatórias e moduladoras do microbioma intestinal. Pesquisas mais recentes também demonstram que seu uso pode diminuir os níveis de expressão do peptídeo semelhante à insulina, sugerindo efeitos complexos na via de sinalização da insulina. No entanto, os efeitos deste extrato vegetal em um modelo animal de diabetes ainda não foram avaliados.
Diante dos fatos, pesquisadores americanos buscaram avaliar os efeitos de um extrato de raiz de Rhodiola rosea em um modelo de camundongo desenvolvido para estudar a função da leptina em diabetes tipo 2. Os resultados apontam que o tratamento com Rhodiola rosea melhorou os níveis de glicemia em jejum, alterou a resposta à insulina exógena e diminuiu os níveis circulantes de lipopolissacarídeos e de proteína C-reativa hepática.
Segundo os autores, essas mudanças podem, em parte, refletir a modulação da microbiota, resultando em melhor integridade da barreira intestinal e diminuindo a translocação de biomoléculas inflamatórias na corrente sanguínea. Os achados indicam que a Rhodiola rosea é um candidato promissor para novas pesquisas no tratamento do diabetes tipo 2.
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Bibliografia consultada:
Jafari M; et al. The impact of Rhodiola rosea on biomarkers of diabetes, inflammation, and microbiota in a leptin receptor-knockout mouse model. Scientific report, 2022.