Em mulheres que recebem tratamento reprodutivo assistido, a predominância intrauterina de lactobacilos tem sido associada a taxas mais altas de gravidez. Os efeitos da suplementação probiótica na colonização vaginal ou endometrial e na inibição de patógenos é uma área de pesquisa relativamente nova que vem ganhando destaque nos últimos anos.
Um ensaio clínico randomizado entre 2019 a 2021 em uma clínica de fertilidade, teve como objetivo comparar o resultado clínico da transferência de embriões em ciclos de congelamento e descongelamento com suplementação de Lactobacillus antes da transferência de embriões junto com o tratamento padrão.
Um total de 340 mulheres inférteis foram submetidas à randomização. Os resultados apontam que as taxas de gravidez bioquímica e clínica foram comparáveis entre os grupos (39,9 e 34,2% no grupo de estudo vs. 41,8 e 31,7% no grupo controle); no entanto, a taxa de aborto espontâneo diminuiu significativamente no grupo de estudo (9,5 vs. 19,1%, respectivamente)
Os autores puderam concluir que a apesar da suplementação intravaginal de lactobacilos antes da transferência de embriões no ciclo de congelamento e descongelamento não melhorar a taxa de gravidez bioquímica e clínica nas pacientes, seu uso foi capaz de reduzir significativamente a taxa de aborto espontâneo.
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Bibliografia consultada:
Thanaboonyawat I, Pothisan S, Petyim S, Laokirkkiat P. Pregnancy outcomes after vaginal probiotic supplementation before frozen embryo transfer: a randomized controlled study. Sci Rep. 2023