Diversos estudos mostram o papel do resveratrol para mediar a atividade anti-inflamatória e prevenir o câncer de pele em sistemas modelo. A uva, como fruta in natura, apresenta quantidades relativamentes baixas de resveratrol, porém contém dezenas de fitoquímicos, tornando-se razoável explorar seus benefícios para saúde como um alimento integral.
Assim, no ano de 2021 foi realizado os primeiros testes em humanos avaliando o papel das uvas como protetoras contra o câncer de pele. Recentemente, um novo estudo buscou a confirmação desses achados, avaliando um grupo de pessoas que ingeriram 2 pacotes de 36 g de uvas vermelhas, verdes e pretas liofilizadas, moídas e sem sementes por dia. Isso equivale a três porções de uvas (378 g no total).
Os pesquisadores avaliaram amostras de fezes, sangue, urina e a sensibilidade à radiação UV dos participantes em diversos momentos do estudo. Para surpresa, os indivíduos responderam de formas diferentes. Alguns não tiveram efeito, outros desenvolveram resistência breve à radiação UV e houve aqueles que mantiveram a resistência por mais tempo.
Através de análises metabolômicas e microbiômicas os pesquisadores concluíram que as pessoas que demonstraram maior resistência à radiação UV apresentavam diferenças mais profundas em seu microbioma. Estudos futuros são necessários afim de averiguar qual tipo de microbiota seria ideal para aumentar os efeitos benéficos das uvas contra os raios UV.
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Bibliografia consultada:
Puzzuto JM; et al. Short-Term Grape Consumption Diminishes UV-Induced Skin Erythema. Antioxidant, 2022.