Em estudo, Bifidobacterium lactis e Lactobacillus rhamnosus previnem a hipertensão arterial através da modulação da composição da microbiota intestinal

Em estudo, Bifidobacterium lactis e Lactobacillus rhamnosus previnem a hipertensão arterial através da modulação da composição da microbiota intestinal

Os fatores de risco para a hipertensão incluem alimentação pouco saudável, falta de exercícios, uso de álcool e fumo, além da obesidade ou excesso de peso. Há cada vez mais evidências de que o uso de probióticos podem ajudar a reduzir a pressão arterial. Estudos demonstraram que um desequilíbrio nas bactérias intestinais está associado à hipertensão em animais e pessoas. O metabolismo bacteriano pode afetar o sistema imunológico, causando inflamação e disfunção endotelial, que afetam o controle da pressão arterial. Recentemente, um estudo identificou dois probióticos que reduzem a pressão arterial em ratos com hipertensão, sugerindo que poderiam ter um efeito semelhante nas pessoas.

Algumas bactérias parecem ter um efeito favorável sobre a pressão arterial. Algumas pesquisas destacam que espécies como Lactobacillus spp. e Bifidobacterium spp., ambos encontrados em laticínios, podem reduzir a pressão arterial. Contudo, em um novo estudo, os pesquisadores investigaram os efeitos de duas espécies específicas – Bifidobacterium lactis M8 e Lactobacillus rhamnosus M9 – em ratos que desenvolveram hipertensão após beberem água contendo 15% de frutose em vez de água pura.

Para o ensaio de 16 semanas, os cientistas dividiram os animais em quatro grupos. Um tomou água potável com frutose mais solução salina, um segundo bebeu água com frutose mais B. lactis, um terceiro bebeu água com frutose mais L. rhamnosus, e o grupo controle recebeu apenas água pura. 

Nos camundongos hipertensos que receberam probióticos, a pressão arterial reduziu significativamente ao longo do estudo, retornando ao mesmo nível dos camundongos controle. Os ratos alimentados com frutose e não tratados com probióticos continuaram a ter pressão arterial elevada. Acredita-se que esse efeito de redução da pressão arterial esteja relacionado a capacidade dos probióticos em ajustar o equilíbrio do microbioma intestinal, especificamente aumentando os níveis de bactérias associadas à pressão arterial mais baixa (Lawsonia e Pyrolobus) e diminuindo os níveis de bactérias associadas à pressão arterial mais elevada. pressão arterial (Alistipes e Alloprevotella).

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Bibliografia consultada:

Zhang Y; et al. Probiotics Bifidobacterium lactis M8 and Lactobacillus rhamnosus M9 prevent high blood pressure via modulating the gut microbiota composition and host metabolic products. ASM Journal, 2023

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