Revisão aponta o uso de inositol para tratamento do transtorno de pânico

Revisão aponta o uso de inositol para tratamento do transtorno de pânico

O transtorno do pânico (TP) é um dos transtornos de ansiedade mais intensamente investigados. Está entre os transtornos mentais mais comuns, com uma taxa de prevalência ao longo da vida de até 5% na população geral.  É definido com a presença de ataque de pânico inesperado recorrente seguido por pelo menos um mês de preocupação persistente sobre ter ataques adicionais, se preocupar com as implicações do ataque ou suas consequências e uma mudança significativa no comportamento relacionado aos ataques de pânico. O paciente sente por um período discreto um intenso medo ou desconforto acompanhado na maioria das vezes de sintomas como batimentos cardíacos acelerados, sudorese, tremores, falta de ar, desconforto no peito, desmaio, tontura, ondas de calor, sensação de irrealidade, de perder o controle ou enloquer, medo de morrer e parestesia.

Compreender a causa do TP pode abrir a possibilidade de detecção precoce e escolha de medicamentos mais eficazes, porém ainda pouco se sabe sobre a doença. Atualmente as melhores opções de tratamento é a terapia cognitivo-comportamental, intervenções farmacológicas com antidepressivos e autoajuda. Até o momento, o mecanismo de ação dos medicamentos antipânico existentes não são totalmente compreendidos, mas esses fármacos provavelmente atuam na amígdala e em sua projeção, reduzindo a sensibilidade da rede de medo e, posteriormente, diminuindo a gravidade e a frequência dos ataques de pânico.

O Inositol ou mio -inositol é um isômero simples de glicose e um importante precursor no sistema de segundo mensageiro fosfatidilinositol (ciclo PI) no cérebro. A revisão aponta dois estudos com o uso de inositol no TP. Em um dos estudo randomizado duplo-cego, o inositol mostrou uma eficiência mais alta do que o placebo, sem efeitos colaterais substanciais relatados. Em outro estudo cruzado randomizado comparando inositol com fluvoxamina, as melhorias sintomáticas foram semelhantes para ambos os tratamentos, embora efeitos colaterais frequentes de náusea e cansaço tenham sido relatados em pacientes que receberam fluvoxamina.  

Segundo os autores, a estratégia do segundo mensageiro em oposição à estratégia transmissor-receptor é um novo mecanismo terapêutico para a TP e merece mais investigação. Novos estudos são necessários para compreender melhor a relação do inositol com o TP.

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Bibliografia consultada:

Zulfarina MS; et al. harmacological Therapy in Panic Disorder: Current Guidelines and Novel Drugs Discovery for Treatment-resistant Patient. Clin Psychopharmacol Neurosci. 2019

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