Segundo o INCA, o câncer colorretal é o segundo câncer com maior incidência entre homens e mulheres. Pesquisas anteriores estabelecem uma relação entre o consumo de espinafre e a redução do risco de desenvolver câncer de cólon e, entre os diversos mecanismo propostos, os estudos mostram que o espinafre é capaz de reprimir o desenvolvimento de pólipos.
Para confirmar, um estudo publicado na Gut Microbes procurou analisar os efeitos do espinafre em animais modelo de com uma forma hereditária de câncer colorretal chamada polipose adenomatosa familiar. Esse tipo de câncer leva ao crescimento de múltiplos, às vezes centenas, de pólipos não cancerosos do cólon. A maioria das pessoas com a doença eventualmente necessitam cirurgia para remover o cólon e uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) para impedir o crescimento de pólipos no duodeno.
Os pesquisadores alimentaram com espinafre liofilizado ratos com polipose adenomatosa familiar por 26 semanas. Os resultados sugerem que o consumo de espinafre pode atrasar o crescimento do pólipo, impedindo a necessidade de tratamento intensivo.
Segundo um dos autores do estudo o resultado lhe surpreendeu, pois acreditava-se que a clorofila seria a grande responsável pelo efeito anticâncer do espinafre. Mas, olhando os dados metabolômicos, não havia clorofila, os efeitos benéficos foram possíveis graças a presença de ácidos graxos e ácido linoleico. Concluindo assim que o uso de espinafre deve ser adicionado a dieta como medida preventiva e não apenas quando os pólipo já estão instalados.
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Bibliografia consultada:
Chen YS; et al. Dietary spinach reshapes the gut microbiome in an Apc-mutant genetic background: mechanistic insights from integrated multi-omics. Gut Microbes, 2021.